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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Faça o que eu digo, mas...

Esses dias eu estava com uma dupla de pai e filho no trânsito e falávamos sobre embriaguez ao volante e o fato de ser tipificado como crime. O menino tem 15 anos e soltou o comentário de que achava nada a ver ser considerado crime o fato simples de uma pessoa dirigir embriagado. O pai, muito certo de si, foi logo brigando com ele, como ele poderia achar certo uma pessoa dirigir após ter ingerido bebida alcoólica? Que absurdo! E o adolescente imediamente retrucou: é que você faz isso, pai! Ele ficou sem graça e logo quis justificar: aí porque eu faço você acha que é certo?
Resultado: silêncio de nós todos. Silêncio por fora e muito barulho dentro da cabeça e inquietações no coração... No meu e, acredito, no de todos que estavam ali.
Para mim a cena quer dizer uma coisa bem simples e que eu preciso aprender a levar pra minha vida e para a vida da minha filha. O adolescente, quando disse que achava uma besteira e errado as pessoas serem presas por dirigir embriagadas estava simplesmente considerando o seu pai como a única pessoa que pode dizer o que é, de fato, certo ou errado. Foi até uma forma de elogiá-lo e abrilhantar-lhe o ego. Achei bonitinho, ao tempo em que é perigoso. Perigoso porque o pai não percebe quanto que no seu dia-a-dia poderá estar formando o seu filho, através das suas atitudes, para o bem ou para o mal.
Eu entendi que não adianta nada para mim se eu disser para a minha filha que ela deve ter determinados comportamentos, se ela irá me ver fazendo diferente.
Acho que alguém já tinha me dito isso, mas é bem diferente de quando a gente constata, na vida prática e real que bate à porta, o quanto isso faz, realmente, a diferença.
Eu sou um pouco do que ela vai ser amanhã, o que ela me ouve dizer, o que me vê fazendo fará uma diferença imensa no caráter que ela desenvolverá, nos seus conceitos do que é certo e errado.
Depois que se é mãe os direitos de errar diminuem muito e eu penso nisso praticamente todos os dias. Antes de engravidar a gente pode quebrar a cara, fazer escolhas erradas, recomeçar quantas vezes forem necessárias, e digo isso em relação a tudo! Depois que a sementinha é plantada a cautela deve existir desde o princípio e precisamos compreender que nossos comportamentos e escolhas dirão muito a respeito do filho que teremos.
Tem gente que é mãe e se orgulha por saber dividir bem os papéis, mas eu, até o presente momento, acho que eles se confundem muito e não dá pra separá-los. Não dá pra viver as mesmas histórias e mergulhar de cabeça nos mesmos sonhos. Acho que por isso que há aquela idade ideal para se ter filhos, aquela ideia de que o melhor é que seja dentro de um casamento, e toda aquela burocracia que existe... O casamento presume a escolha por uma vida tranquila, presume que você decidiu por aquilo e já aproveitou e percorreu todos os caminhos que podia, até chegar no seu porto mais que seguro para fincar raiz e amarrar o bote, numa ideia de PARA SEMPRE. Pena que tem gente que acredita que o papel, puro e simples, vai criar todo esse ambiente, que juntar as escovas de dentes vai, automaticamente, resolver isso dentro das pessoas, não entendem que isso deve ser parte do processo de uma escolha voluntária, não de uma imposição social ridícula, um protocolo em nome da moral e dos bons costumes. São essas casais "por acaso" que fazem do casamento uma instituição falida e desacreditada, uma realidade distante e inversamente poporcional à felicidade.
Eu, particularmente, tenho observado as histórias, como esta, e tentado aprender e apreender delas tudo que posso, nesse estágio para uma vida nova que se inicia. A responsabilidade é grande e muito maior do que despesas ou noites de sono que serão perdidas.
Uma nova família é sempre uma nova oportunidade de equalização e construção de um mundo melhor. Como pais temos a primeira chance de formar consciência, somos os primeiros professores dessas pessionhas e nossas lições, aquilo que apredem conosco levam consigo por uma vida inteira. Como pais temos chances de aprender muitas coisas que anteriormente não nos foi ensinado, e, se foi, a gente fez questão de esquecer.
Maternidade é amor em via de mão dupla, aprendizado em via de mão dupla, crescimento e amadurecimento da melhor qualidade.
Tô apaixonada por essa "profissão" nova que estou, aos poucos, desenvolvendo!



Beijo e bom dia :*

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